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Acesso a produtos menstruais, qualidade de vida e dignidade feminina.

"Escócia se torna primeiro país do mundo a oferecer absorventes e tampões de graça, de forma universal. O Parlamento escocês aprovou por unanimidade o projeto de lei na terça-feira (24/11)" BBC News Brasil.


Precisamos falar sobre a necessidade de fornecer produtos menstruais para as mulheres que precisam!

Primeiramente, menstruação não é uma escolha! Muitas mulheres se viram como podem nos períodos menstruais, pois não possuem renda para comprar absorventes. Usam panos (que nem sempre são higienizados de forma adequada para tal uso), e até miolo de pão, inseridos na vagina, para conter o fluxo menstrual.

Além de indignas, estas opções de conter o fluxo são perigosas para a saúde da mulher, pois elas podem desencadear infecções, fungos e bactérias.


O IBGE divulgou que entre 2018 e 2019 6,5% da população brasileira se encontrava em situação de extrema pobreza, ou seja, são aquelas pessoas que sobrevivem com aproximadamente R$145 reais mensais.

Dessas pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 39,8% são mulheres pretas ou pardas.

Dessas pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, mais da metade vive na região nordeste do país.


No SUS é disponibilizado gratuitamente camisinhas no intuito de prevenir Infecções Sexualmente Transmissíveis - ISTs, pois se trata de uma situação de saúde pública.

Com a menstruação não é diferente, pois as mulheres sem recursos se colocam em risco por não ter acesso a absorventes ou coletores menstruais.


Lembrando que o SUS é regido pelos princípios:


UNIVERSALIDADE - Todo cidadão tem direito à saúde e acesso a todos os serviços públicos de saúde. Além disso, o governo tem o dever de prover assistência à saúde igualitária para todos.


INTEGRALIDADE - Todas as pessoas devem ser atendidas desde as necessidades básicas, de forma integral. A integralidade trabalha em todo o ciclo vital do ser humano, do nascimento até a morte. Esse princípio foca na prevenção e reabilitação da saúde. É preciso ter ações preventivas antes de o ser humano adoecer e precisar de cuidados médicos.


EQUIDADE - Toda pessoa é igual perante o SUS. Contudo, o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um.

Escrevo esse texto, pois lutar por dignidade e qualidade de vida para mulheres também é uma luta da Psicologia e promover informação e o debate de assuntos como esses, considerados tabus é a minha missão.


Abraço, Karina Assis.

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